Oi,

Não sei mais o que te escrever ou como escrever.
É difícil ser corajosa, deixar o orgulho de lado a ponto de falar com você de novo.
São dúvidas e suposições que ecoam na minha cabeça.
Talvez eu não tenha tentado, não lutei por você até o fim por medo de sair mais machucada dessa história.
Mas apesar de ter saído da linha de combate e da mira dos tiros, eu continuo cutucando a ferida dia após dia, pois ver o sangue escorrer me faz lembrar do escuro dos seus olhos.
Eu tentei te esquecer, mas procurar seu gosto em outras bocas só me faz lembrar mais do som dos seus risos e das rugas de desaprovação que se formam em sua testa.
Tudo o que eu queria agora era poder contornar suas linhas, deixar me perder por sua pele e ser sua, só sua.
A expectativa é minha, só eu sou responsável pelas ilusões que crio, mas o motivo da saudade tem nome, cheiro e endereço.
A culpa não é sua, nem minha, eu sei exatamente o que estou fazendo, mas ninguém escolhe por quem se apaixona (quem me dera).
Eu preciso saber, não da para fugir de sentimentos e eu vou dizer, gritar, você não precisa olhar nos meus olhos, nem me responder, só me deixa entender se você é alguém ou só aquilo que eu inventei.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Olhe nos meus olhos.

Por trás do Extraordinário: o que você provavelmente ainda não sabe sobre a vida de Auggie Pullman.

Tom de noite