Vem cá
Vem cá que eu te dou colo, enxugo seu pranto, te faço cafuné, te levo onde quiser.
Não se preocupe se é tudo tão confuso, se ao mesmo tempo que você me quer, insiste em não querer.
Porque fugir é mais fácil, viver por aí só, sem ter que se preocupar em levar bagagem extra, apenas se bastar como sempre foi.
Se te machucaram e você jurou não deixar nunca mais ninguém entrar e eu não sou nada daquilo que você imaginou.
É difícil interpretar sinais e não chorar por ter certeza que nunca mais vai voltar.
Eu não sei o que se passa na sua cabeça, o que sente quando me vê, me assusta a falta de evidências científicas. Sabe, aquela coisa de ter fé, acreditar sem ver?
Você apenas se alojou no cantinho mais confortável do meu coração.
E eu não posso te prometer que acredito, que não sinto e que vai ficar tudo bem.
Mas vem cá, o café tá quente e só basta a gente pra não esfriar.

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