Pelo avesso.
Sobre simplesmente não saber, deitar na cama e não conseguir
dormir, querer um abraço e não saber de quem, ter vontade e medo, desejo e
cansaço, querer correr e fechar os olhos.
Não, eu não quero te ver, não quero estar sob o mesmo céu que
você.
Porque? Eu também não sei, sou complicada, difícil de explicar, alguns
diriam quase impossível.
Eu sei, mesmo sem querer você me aceitou, aceitou meus medos,
minha insegurança, meus questionamentos, a minha falta de sentido.
Mas eu ainda não sei, não tenho certeza do que virá a seguir,
de quem me espera no futuro, do medo, da calma, de saber onde se está pisando.
Eu sei, te confundi, te levei a crer que não era nada, que eu
mesma resolvo meus medos e angústias, mas não é bem assim, eu preciso que
segure a minha mão, que me diga que vai ficar tudo bem, que eu sou única, me
faço de forte, compreensiva que aceita certos contratos que eu nem mesmo li,
que eu nem mesmo sei o quanto este medo de decidir me leva a aceitar.
Não, eu não quero que mude, não estava mentindo quando disse
que as coisas estavam bem assim até porque elas estão, mas a dúvida me assombra
e eu não posso mais correr diante da bipolaridade momentânea e dos amores que
passaram, deixa ir, deixa levar, seja leve, seja bom, mas só por hoje não.
Eu tenho mania de me desculpar, mas dessa vez é diferente, eu
apenas sinto e não tenho que esconder, a minha timidez tem dado lugar aos meus
desejos e você? Você é um deles, mas não amanhã, não até o sol se por.

Comentários
Postar um comentário