Moço...




O medo de não te ver mais, a ansiedade em te tocar, olhar no fundo dos olhos e mostrar o quanto foi bom.
Sabe, as vezes não precisamos ter certeza de tudo, são os acasos que nos levam e a vida simplesmente acontece.
Aconteceu e acabou mais rápido do que minha imaginação foi capaz de acompanhar, sim, eu sonhei com uma nova estrada, um outro caminho, uma escalada mais fácil com a minha eterna poesia.
As vezes nos enganamos, dormi e acordei esperando que você ainda estivesse lá, mas em um abrir e fechar de olhos a cama se torna vazia, os lençóis tão brancos já não tem seu cheiro.
Você roubou as minhas cores, a minha frequência cardíaca, as borboletas do estômago, eu gostava delas, juro que gostava, do desconforto, da ausência de calma, do batimento desregulado, a mão na mão, pele na pele...
Fico te esperando pelos corredores frios, a brisa que envolve meus cabelos em silêncio só me mostra o quanto eu queria o calor dos seus braços.
Moço, eu quero me prender no mar dos teus olhos, quero sua voz sussurrando no meu ouvido e seu riso frouxo...
Me olhe como se eu fosse louca, eu não ligo, só quero que me olhe.
Conte-me seus segredos mais profundos, seus desejos mais profanos, não vou te julgar como parece, de você eu quero saber tudo, até seus pesadelos mais perigosos e confusos.
Te quero perto de qualquer jeito, mas te quero inteiro, vou te olhar sem jeito porque você me transborda, me acalma, me faz bem...
Você é o mar, o infinito, as estrelas incontáveis, e eu? Sou apenas uma menininha apaixonada, esperando desesperadamente que você segure a minha mão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Olhe nos meus olhos.

Por trás do Extraordinário: o que você provavelmente ainda não sabe sobre a vida de Auggie Pullman.

Tom de noite