Traduzindo em palavras.
Sabe aquelas noites em que você
tem certeza que nada irá acontecer? Você sai pra jantar com as amigas e planeja
voltar pra casa, por seu pijama mais confortável, assistir uma série e dormir.
Mas a vida gosta de rir da nossa
cara, você não está com a sua melhor roupa nem seu melhor sorriso. Se diverte,
se permite ser velha e louca, afinal, é só mais uma segunda qualquer com aquela
noite espremidinha tão parecida com as noites de dormir.
E como eu disse, a vida, ou
melhor, o destino, sempre ele, vira seus planos no avesso e quando você vê está
há alguns quilômetros da sua casa, quatro paredes que você nem sonhou conhecer,
risadas, conversas banais e música alta.
Nadando contra a corrente, com
medo de ficar, medo do desconhecido, medo do amanhã.
Mas é lá, naquela situação, no lugar
desconhecido que agora você voltaria sem ponderar duas vezes, mãos macias entre
os fios do seu cabelo, o breu da noite invadindo a janela do quarto em um frio
que de certa forma te aquece.
Rapaz desconhecido com olhos
familiares que me roubaram a paz, a calma, a consciência...
Não, eu não quero ir embora,
quero ficar, mas vou, vou por medo, sim, era medo.
E se eu ficasse e não conseguisse
mais ir embora? Não falo de tempo cronológico, e se eu te entregasse meu
coração, ali, no frio e escuro da noite? E em uma urgência de não querer ir eu
só quisesse lembrar seu nome?
Não tenho tempo para esse tipo de
coisa, desculpa usada no um terço dos 360 pra não me entregar, me doar,
me deixar amar.
Há quem diga: Não leve a dor de
um antigo amor para um novo. Não posso, não ainda, preciso de parcimônia, do
meu coração só pra mim.
No momento não sou capaz de te prometer, me doar em nada, mas com certa precisão eu te digo, gosto de você até
pelo avesso.

Comentários
Postar um comentário