Garoto da casa ao lado.




Isso dói, dói mais do que você imagina e não adianta te excluir de todas as redes sociais e fingir que acabou, que acabou tudo o que sinto, sempre vai ter uma lembrança sua em um canto dessa cidade, escondido em uma melodia qualquer, em um passo de dança desastroso, em um filme antigo, ou perdido na minha imaginação fértil.
E eu já arrumei minhas malas, estou indo morar ao seu lado, na cidade que você idealizou, e é só questão de tempo, você mesmo disse.
Sei que te esquecer será mais fácil como garoto da casa ao lado que ignorando completamente, talvez eu nunca esqueça, o que eu acho bem provável e inexplicavelmente trágico.
Te olhando assim, agora tão distante, me faz desejar ser criança, mas sei que o passado não volta e que nunca conseguiremos ser o que fomos.
Continuo te amando, apesar de jurar que não, e fechando os olhos por você, idealizando um futuro que não existe.
Vou te esquecer, é uma promessa com dedos cruzados e pensamento longe, mas espero que alguém atenda minhas preces mentirosas e te tire de vez da minha vida.
Como você reagirá quando souber que ainda faço parte da sua vida, isso não sei, nem como eu reagirei vivendo em baixo da mesma nuvem cinzenta.
O futuro? vou deixar que venha aos poucos, as malas estão prontas e o coração despedaçado. A imaginação fértil? Vai a sua janela e me diz que você está lá lembrando de tudo, tudo o que eu não consigo esquecer.

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