Me perdi, nos meus pensamentos.
Você virou uma referência para mim, uma referência do quanto eu gosto de alguém.
Eu não queria admitir isso, afinal, eu ando tentando te esquecer, mas te vejo em cada esquina que eu dobro.
Quando conheço uma pessoa, e começo a me sentir apaixonada por ela, eu lembro de você, como se você fosse um termômetro, "será que eu gosto dele, tanto quanto eu gosto do outro?"
E você nunca é o outro, eu gostaria que fosse, assim, eu pensaria menos em você, estaria menos louca, vendo você em todos os olhares que eu cruzo.
E ontem, você estava mais lindo que a semana inteira, eu sei que estava, e hoje deve estar mais radiante ainda.
E o que eu sinto já é maior que tudo, talvez, eu já esteja enlouquecendo, você e esse seu jeito único está me deixando assim, e a cada reticências que eu coloco nos meus textos, você é aquela reticência, você é aquele ponto final, aquela vírgula, aquele rascunho bobo que eu fiz.
Você está naquele passarinho que canta na minha janela, no topo do prédio mais alto da cidade, naquela nuvem sem formato.
Eu não sei se te amo, nem sei o que realmente é o amor, não cresci o suficiente para entender disso.
Desisto de te esquecer, eu ando te encaixando em cada história de amor que eu leio, estou desistindo porque quanto mais penso em te esquecer, mais eu lembro. E sei que não consigo mesmo, é como falar com uma porta, uma porta boba, que deve gostar de sofrer, é a única explicação.
E não adianta fugir, o jeito é encarar, de cara limpa, sem criar nenhum personagem dessa vez, só eu, com a cara e a coragem, que eu vou dar um jeito de arrumar, nem que seja pra mim fabricar coragem, chega de sofrer, vou transformar o que sinto em coisa boa, você não deve merecer que eu sofra mesmo, vou começar a pensar em mim. Chega. Eu cansei de tentar te esquecer. Você não me permite, e eu nunca pedi permissão, mas você tem poder sobre mim.
Estou admitindo que gosto sim de você e muito, mas quero te pedir, que pare de aparecer no meio dos meus textos.

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