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Mostrando postagens de agosto, 2016

Devaneios de bonança.

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Você se foi com o nascer do sol. Acordo cedo esperando um vestígio seu, uma mensagem, um bilhete, um restinho de perfume . Da janela já não vejo seus passos, seu riso contido não mais ecoa entre as paredes. Uma lista sem nome. Existem apenas as manchas de lágrimas no assoalho frio, o ranger sob meus pés me trazem a tona lembranças de uma noite qualquer. Sozinha eu corro até o quarto, troco as roupas de cama e as cortinas que presenciaram momentos, minutos, segundos infinitos de gargalhadas sinceras. Sinceras? Se foram, você levou-as junto a mala repleta de roupas que eu não tive tempo de pendurar, no guarda-roupa, cabides em excesso dançam ao som da chuva que cai lá fora. A água corta a rua e eu não te vejo, o vento que adentra a janela emaranha meus cabelos, não há mais motivos para fechá-la. Eu deixo a porta aberta acaso deseje voltar, a tempestade inunda as quatro paredes de nossas almas, no plano material eu não passo agora de um simples artefato da mobilia. De...

Moço...

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O medo de não te ver mais, a ansiedade em te tocar, olhar no fundo dos olhos e mostrar o quanto foi bom. Sabe, as vezes não precisamos ter certeza de tudo, são os acasos que nos levam e a vida simplesmente acontece. Aconteceu e acabou mais rápido do que minha imaginação foi capaz de acompanhar, sim, eu sonhei com uma nova estrada, um outro caminho, uma escalada mais fácil com a minha eterna poesia. As vezes nos enganamos, dormi e acordei esperando que você ainda estivesse lá, mas em um abrir e fechar de olhos a cama se torna vazia, os lençóis tão brancos já não tem seu cheiro. Você roubou as minhas cores, a minha frequência cardíaca, as borboletas do estômago, eu gostava delas, juro que gostava, do desconforto, da ausência de calma, do batimento desregulado, a mão na mão, pele na pele... Fico te esperando pelos corredores frios, a brisa que envolve meus cabelos em silêncio só me mostra o quanto eu queria o calor dos seus braços. Moço, eu quero me prender no mar dos teus ...

Sinta a chuva cair novamente.

E se eles estiverem certos? Sou eu, só eu por mim, nada de irmãos, companheiros, amigos ou amores. Sabe, essa sensação é irremediável, dor na alma não tem fármaco ou terapia. Sou eu, conjugada em primeira pessoa, não tem lar, mão amiga ou beijo apaixonado. Eu amo estar aqui, sou apaixonada por esse lugar, por essas pessoas, mas preciso de afeto, carinho, preocupação. Criança mimada... 2 sempre 2. Quero ser levada, não ter que andar com somente minhas pernas sem alguém ao lado. A vida é boa, mas com tantas pessoas más, egoístas, enjoadas, frias, vazias... Quero deitar minha cabeça cansada no seu travesseiro, dividir o meu. Vou correr, correr em direção ao horizonte, subir no pico mais alto e me largar, me deixar ir. Beijos? Amigos?  Amores?  FIM.